Demais Forte


Amar-te, tocar-te, suar-te...
Descobrir-te e conhecer-te na tua essência de mulher,
Saber do que gostas e gostar de te ver a gostar do meu impulso de posse que eu te deixo possuir, E voltar a amar-te, tocar-te e suar-te...
Num compasso infinito para lá do físico,
E penetrar - pelo teu corpo – a tua alma e aí repousar sem fôlego e sem loucura,
Porque é ternura que me escorre do corpo quando toco o teu corpo nu,
Com a palma da mão deambulo pelo teu corpo como se não o conhecesse,
Como se me fizesses virgem vezes sem conta e eu não soubesse tocar-te...
E porém te tocasse como gostas que eu te toque, como gostas que eu te sue, como gostas que eu te ame!

E aumentar o meu ritmo,
E começar a perder a noção do que já era, apenas e só, uma ténue noção da realidade envolvente, E aumentar ainda mais o ritmo,
Pois agora a ternura deu lugar à loucura,
E gritar e gemer e suspirar e respirar de forma ofegante,
Como quem quer terminar sem, no entanto, querer terminar...
E aumentar o ritmo gritando,
Implodindo numa explosão de luxúria, paixão intensa que nos cega, que nos esconde, que nos perpetua...
E ver-te a suares-me, a tocares-me e a amares-me
E parar!
Explodir dentro da tua feminilidade,
E no fim,
Olhar para ti com doçura, sorrindo,
Com uma lágrima nos olhos, às vezes,
Por ser demais forte o amor que sinto por ti!

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