Qual Rosa Sem Espinhos


Deixei-te derreter na minha boca
E saboreei-te lentamente
O toque, a sensação tomou conta de nós
Deixei-me levar por ti
Mas tu, de efemeridade inata,
Não resististe ao calor da minha boca e aí desapareceste
A memória de ti até estava presente mas com a tua partida
Deparei-me com a chegada do indesejável…
O amargo aniquilou por completo contigo,
Com tudo aquilo que tu és…
O doce, o bom e a vida.
Mais uma vez o toque, os sentidos…
Porém estes eram os sentidos que eu não queria sentir
E, mesmo contra a minha vontade, não cessaram
E persistiram em persistir na minha boca
Metáfora da rosa, metáfora da vida
O paradoxo sempre presente
O doce e o amargo…
O bom e o mau…
A morte e a vida
Os espinhos… que estão sempre presentes…
Mesmo quando a beleza das pétalas
Nos aprisiona toda a atenção.
Assim é a rosa, assim é a minha vida…
Só tu pareces ser diferente, meu doce!
No teu caso os espinhos não existem,
São apenas mais pétalas a florir…
Para mim, para nós, para o nosso amor…
Qual vida sem morte,
Qual bondade sem maldade,
Qual doce sem amargo,
Qual rosa sem espinhos!

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